Sabe quando parece que a casa está sempre pequena, não importa o quanto você tente organizar? Quando fui morar no meu primeiro apê de 38 metros, dava a impressão de que qualquer passo ia acabar esbarrando em alguma coisa. Era complicado, viu? Já pensei mil vezes em sair derrubando parede, mas nem sempre dá, né? Reforma pesa no bolso e encarar obra não é fácil.
Com o tempo, percebi que não precisa fazer quebra-quebra para a casa ficar mais confortável. Só de mudar um móvel de lugar, trocar uma peça ou apostar em detalhes de decoração, o ambiente já muda da água pro vinho. A sensação de espaço realmente aparece. Passei por isso e sei que funciona.
Hoje em dia, os apartamentos estão cada vez menores. Com a correria da cidade, a gente acaba priorizando a praticidade, mas ninguém merece viver se sentindo apertado. Ter um cantinho aconchegante e arejado faz diferença até no humor.
Por isso, separei algumas ideias que me ajudaram bastante. São truques de decoração que enganam o olho e fazem aquele espaço pequeno parecer bem maior. O melhor: não precisa gastar rios de dinheiro e dá para ir fazendo aos poucos, sem pressa.
Cores e iluminação: para deixar o espaço leve
Juro, cor e iluminação fazem milagre. A primeira coisa que fiz quando me mudei foi tirar aquelas cortinas pesadas. Deixei entrar luz! Tirei também uns móveis que bloqueavam a janela e, na hora, parecia que o cômodo tinha aumentado.
Quando entra bastante luz natural, dá aquela sensação gostosa de espaço aberto. Aqui em casa, fez toda diferença. O segredo é manter as janelas livres, sem móvel alto grudado e sem cortina escura que só suga a claridade e faz a gente nem perceber o quanto o ambiente é maior.
Paredes em tons claros ajudam muito. Pintei tudo de branco e bege clarinho e, sério, já ficou mais leve e fresquinho. Quem curte cor pode apostar nos detalhes: almofada colorida, vasinho, quadro divertido. Assim o lugar continua amplo, mas com personalidade.
Brinquei com luzes diferentes também. Luminária de chão, abajur, cada cantinho ganhou um clima. Dá para usar lâmpadas que iluminam bem ou escolher uma luz mais fraquinha para relaxar à noite. Só evitar deixar aqueles pontos escuros que fazem tudo parecer menor ainda.
Uma dica que sempre salvo: cortina levinha, móveis claros, espelho perto da luz e pronto. O ambiente já respira melhor.
Móveis práticos: menos é mais
Eu era daquelas que achava que mais móveis significava casa mais prática. Que nada! Quando tirei o rack gigante e aquela mesa lateral que só juntava bagunça, a sala ficou mil vezes melhor. Menos coisa, mais espaço livre.
O segredo está em escolher móveis práticos e, se possível, com mais de uma função. Aqui em casa todo mundo adora sofá-cama com baú. Guarda roupa de cama e ainda vira cama para visita. Tem também mesa extensível (uma mão na roda quando a galera vem), puff que serve para guardar revista, cama com gaveta embaixo e até escrivaninha que fecha e vira quadro. Tudo que economiza espaço e não pesa no visual.
Outra coisa legal: móveis com os pés aparentes. Parece detalhe bobo, mas mostrar o chão faz o ambiente parecer maior e mais leve. Quando for escolher, pensa no que realmente usa, para não atrapalhar a passagem.
Sabe esse costume de empurrar tudo para a parede? Nem sempre é o melhor. Às vezes um móvel no centro, criando uma “ilha”, deixa o espaço até mais aberto. O negócio é experimentar e ver o que funciona para você.
Espelhos: o truque da mágica
Vou te contar: espelho em casa pequena é quase mágica. Coloquei um grandão no quarto, bem em frente à janela, e parecia que o espaço dobrou. Fora que a luz reflete e tudo parece mais iluminado.
O segredo é posicionar o espelho para refletir uma parte bonita, tipo a janela, porque espelho mostrando bagunça não rola. O formato também faz diferença: espelho largo deixa tudo mais aberto, os verticais dão uma sensação de altura, ótimo para corredores. Tem quem faça composição com vários espelhinhos juntos, que fica lindo na sala ou na entrada.
Se o teto é baixo, vale colocar um espelho inclinado em cima de algum móvel alto. Engana bem e não precisa gastar muito. Dá para achar opções boas em lojas baratinhas ou brechó.
E claro, espelho multiplica a luz. Basta deixar perto de uma luminária e a casa já fica mais clara e vibrante.
Acessórios e texturas: detalhes que contam
Às vezes, só de trocar a cortina ou colocar um tapete novo, parece que a casa mudou. Por aqui, testei papel de parede com listras e a parede ficou mais comprida. Quem curte toque natural pode apostar em painel ripado vertical, que deixa o ambiente com cara de mais alto. Não precisa gastar muito para isso.
Cortina comprida, indo do teto até o chão, dá aquela alongada visual. Aqui em casa, a janela até ganhou mais charme. Para tapetes, prefiro os de padrão discreto, geométrico ou listrado suave. Eles guiam o olhar e ajudam a “esticar” o espaço, principalmente no corredor.
Quadros também fazem diferença. Fiz uma parede galeria no corredor, misturando fotos, frases e arte, e virou ponto de conversa nas visitas.
Acessórios com formas diferentes, curvas e ângulos, dão movimento no ambiente. Às vezes, trocar uma almofada ou mudar de lugar um vasinho já transforma o clima. O bom é poder testar, sem compromisso. Se enjoou, muda de lugar, troca o tapete ou guarda um tempo.
Organização e minimalismo: respire fundo
Nada deixa uma casa pequena mais sufocante do que bagunça. Sabe como é? Aqui em casa, faço um combinado: entrou algo novo, alguma coisa velha precisa sair. Isso ajuda a manter o espaço livre e sem aquele monte de tralha.
Corredor tem que ficar livre, senão vira pista de obstáculos. Móvel que só serve para acumular papel ou bugiganga, pode tirar sem dó.
Aproveitar o espaço para cima é tudo: prateleiras altas, ganchos, nichos. Assim não lota o chão de coisa.
O principal é escolher com carinho o que vai ficar à vista. Menos objetos espalhados deixam o ambiente mais leve, gostoso e até trazem uma sensação de paz. Minimalismo não é viver sem nada, mas sim ter só o que faz sentido para o dia a dia. Cada cantinho livre parece que a casa ficou maior.
Fonte: https://gazeta.tec.br/